Empresa é condenada a pagar R$ 20 mil a funcionário trans por assédio e discriminação

  • 21/08/2024
(Foto: Reprodução)
Vítima deverá receber R$ 20 mil, por danos morais, devido a situações de discriminação e assédio moral no ambiente de trabalho. Funcionário trans relatou situações vexatórias no ambiente de trabalho da empresa calçadista Reprodução | Shutterstock Uma empresa calçadista foi condenada pela Justiça do Trabalho do Ceará a indenizar um ex-funcionário em R$ 20 mil por assédio moral e discriminação no ambiente de trabalho, sofridos por parte da empresa, dos supervisores e dos colegas de trabalho. A sentença é de março deste ano, mas só foi divulgada na semana passada pela Vara do Trabalho de Pacajus. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp De acordo com o processo, o funcionário tinha iniciado a transição de gênero para a identidade masculina antes de entrar na empresa Vulcabrás Azaleia, onde foi contratado como jovem aprendiz por meio de um programa. Conforme a defesa do trabalhador, ele já chegou na empresa com a documentação contendo nome social e identificação no gênero masculino. No entanto, a empresa não teria alterado os dados cadastrais e teria confeccionado seu crachá com o nome de registro civil, seu 'nome morto'. LEIA TAMBÉM: Casal gay denuncia homofobia após juízes de paz se recusarem a realizar casamento Ceará é o estado que mais mata população LGBTQIA+, diz Anuário da Segurança Pública O funcionário afirma ter solicitado aos supervisores e funcionários que fosse tratado pelo pronome masculino e pelo seu nome social, no entanto, teria sofrido resistência por parte deles, além de ter enfrentado diversas situações vexatórias. Segundo a denúncia, a Vulcabrás teria, inclusive, recusado um atestado médico do jovem por constar nele o nome social, e não o 'nome morto', que era o cadastrado nos arquivos da empresa. O que diz a empresa No processo, a empresa, localizada na cidade de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, negou que o jovem tenha sofrido discriminação ou assédio moral no trabalho, e afirmou que o funcionário nunca solicitou à empresa a correção dos seus dados de cadastro. A Vulcabrás também disse que não foi informada pelo programa de jovens aprendizes de que o funcionário tinha um nome social e havia solicitado ser chamado por ele. Por fim, a empresa afirmou que a vítima não teria feito nenhum denúncia nos canais oferecidos nem teria informado a seus chefes imediatos que estava sendo vítima de constrangimento. Condenação da empresa Com base nos depoimentos e provas apresentadas, a juíza do trabalho Kelly Cristina Diniz Porto condenou a Vulcabrás a pagar o saldo de salário; aviso-prévio; indenização de multa; 13ª salários, férias; FGTS + multa de 40%; multa rescisória; honorários advocatícios e indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil. Conforme a magistrada, a empresa foi omissa ao tratar o caso do funcionário, tanto no que se refere à alteração dos dados cadastrais quanto na apuração das situações de assédio sofridas por ele. “Ele se via regularmente questionado e ofendido quanto à sua identidade de gênero, sem contar que tal exposição o colocava numa condição de ridicularização frente aos demais colegas de trabalho”, registrou a magistrada. A sentença de condenação foi promulgada em março deste ano, e o processo está em fase de recurso. Assista aos vídeo mais vistos do Ceará

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2024/08/21/empresa-e-condenada-a-pagar-r-20-mil-a-funcionario-trans-por-assedio-e-discriminacao.ghtml


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